segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vivo graças a Deus !!


Joguei minha tristeza fora, puz minha cabeça no lugar.
Levantei e a luz do sol já batia em minha janela.
Despertei, o Amor estava no ar.
Abri um sorriso, deixei a luz de fora me iluminar.
Acordei e deixei a brisa do Amor me tocar
Me aqueçi num raio de sol ,
Nem sempre uma lágrima turva no olhar, representa a hora de chorar
Atirei esse tédio bem no fundo do mar, deixei as ondas do Amor me levar.

Fui dar a mão, soltei a imaginação.
Sei que no som do Amor haverei de transformar meu viver
Na batida viva do meu coração, sei que vou descobrir no céu
A estrela maior que o sol e nada vai me segurar
Quando a força da esperança inundar meu coração .
Estou Vivo graças a Deus !!


Morreste no coração


Tenho que te perdoar pelo mal que me fizeste,
Das palavras ditas sem pensar.
Te perdôo porque em meu lugar
Em tua vida nunca tu estiveste.
Perdôo sim pela cicatriz
Que tu deixaste ao atingir-me a Alma.
Eu te perdôo por não ler na palma da minha mão o quanto fui feliz.
Feliz num tempo em que acreditei em ti
Tão cegamente que não percebi
Quanto da vida eu pus a perder.
Esta perdoada, sim, porque morreste no coração
Onde você já esteve .
E que nunca mais há de te receber.

Será


Abri a janela e meu quarto ficou mais escuro ,
Sorri para o espelho e nevou no mar .
Tentei um resgate da própria Alma , e foi só angustia.
Tranquei-me dentro de mim mesmo.
Encontrei alguém que de espanto fugiu.
Fui mais fundo, falindo, cansado e triste perguntava: do que sou feito?
Encontrei a saída, era feita de paz, de luz, de Vida incontida.
Escolhi uma porta, errei, errei de novo.
Clareei os que estavam à minha volta, descobri um rosto que me fez chorar.
Onde diabos será que está esse coração, tão escondido, tão arredio ...
Batendo forte e alto sempre, quando preciso dele, se esconde.
Atrás do egoísmo, da covardia , do medo da paixão .

Será ?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Amor é tema que não cessa-se em si mesmo ..


Não mais pulamos no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado ...
Dessa forma vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.
Esse tempo que de tão escasso, já perdeu até o nome .
Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar,
Esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir ...
Perdemos a esperança, trocamos nossa identidade pelo status.
Claro como um dia de sol , nos escondemos atrás de nossas sombras , e apenas nos acomodamos com o frio que ela causa .

Que nunca deixemos de ser racionais, mas que acima de tudo possamos lutar por nossos sonhos , nossos anseios e medidas fora do padrão .
Principalmente, que não estejamos nessa Vida apenas para respirar , mas para inspirar .
Que nossas atitudes possam refletir, concretamente naqueles a quem amamos, e dessa forma sintam-se amados mais do que saibam-se amados.


"Amor é tema que não cessa-se em si mesmo "

O efeito D.


Tinha tanto assunto , tanta poesia para escrever na foto anterior , mas como bem disse Gê , estava num jejum de criação noturna , e no final decidi escrever sobre o efeito D..

Com a mesma intensidade que veio , já se foi também .

Deixa para lá .
Efeito D. , vc um dia me mata !


quinta-feira, 10 de abril de 2008

.............


Estou pensando no texto , preciso de muita transpiração e inspiração para fazê-lo , mas que merece ah isso sem dúvida .

Sentir é estar distraído


Se eu morrer novo ,
Sem poder publicar livro nenhum,
Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa ,
Peço que , se quiserem ralar por minha causa ,
Que não se ralem .
Se assim aconteceu , assim está certo .

Mesmo que os meus versos nunca sejam impressos ,
Eles lá terão a sua beleza , se forem belos .
Mas eles não podem ser belos e ficar por imprimir ,
Porque as raízes podem estar debaixo da terra
Mas flores florescem ao ar livre e à vista .
Tem que ser assim por força . Nada o pode impedir .

Se eu morrer muito novo , oiçam isto :
Nunca fui senão uma criança que brincava .
Fui gentio como o sol e a água ,
De uma religião universal que só os homens não tem .
Fui feliz porque não pedi coisa nenhuma ,
Nem procurei achar nada ,
Nem achei que houvesse mais explicação
Que a palavra explicação não tivesse sentido nenhum .

Nõa desejei senão ao sol ou à chuva -
Ao sol quando havia sol
E à chuva quando estava chovendo
(e nunca a outra cousa)
Sentir calor e frio e vento ,
E não ir mais longe .

Uma vez amei , julguei que amariam ,
Mas não fui amado .
Não fui amado pela única grande razão -
Porque não tinha que ser .

Consolei-me voltando ao sol e à chuva ,
E sentando-me outra vez à porta de casa .
Os campos , afinal , não são tão verde para os que
são amados
Como para os que o não são .
Sentir é estar distraído .


( Hoje F. Pessoa deu seu prefixo desde a madrugada , fazer o que ; postá-lo, inteiro , pleno , completo , sensível , o sol , a chuva ...a Vida .)