sexta-feira, 14 de março de 2008



És hábil com teu punhal.
Sabes da beleza e do perigo
Que a ele são inerentes.
Enquanto com sua ponta
Escreves poemas de amor,
Sabes que com seu fio
Matas as almas que te lêem.
És mestre na arte de apunhalar.
E eu,
Ingenuamente,
Enquanto leio tuas palavras,
Deixo-me matar por ti.

E assim morro,
Doce e dolorosamente,
Cruelmente,
Um pouco a cada dia.

Partes do cotidiano


- Como defines o teu estado de espírito neste momento?
- exausto. cansado de uma luta estéril.
- E com que é que gostavas de sonhar hoje?
- com a leveza de ser que não tenho.