quarta-feira, 2 de abril de 2008

Simplesmente Amor


Simplesmente amor, sem nada a dizer!
Amor com as mãos, amor com os pés, amor com dedos,
braços, pernas, barriga, pele e abraços...
Amor de corpo inteiro, que surpreende, sem nada significar, sem nada explicar, sem nada compreender.
Simplesmente ser... preencher, existir!

Amor que não vê, que não ouve, que não questiona.
Amor em silêncio. Um silêncio que aquieta o coração,
que acaricia a Alma.
Amor que esvazia, que abre espaço, que permite.
Amor sem regras, sem cobranças, sem chantagens.
Amor que permanece.Simplesmente para você.

De mim para mim, de mim para você.
Amor que invade respeitando, que adentra acariciando,
que ocupa com leveza.
Amor sem seqüência, sem sugestões, sem ego.
Que aceita, que perdoa, que reconhece...

Amor que desconhece para conhecer,
que nunca lembra porque não esquece!
Amor que é... assim, sem mais nem menos,
sem eira nem beira, sem que nem porque...
Simplesmente simples, despretensioso,
descomprometido, desmedido.

De uma simplicidade tão óbvia que arrasta,
que envolve, que derrete.
De uma fluidez tão líquida, que escorre, que desliza, que não cristaliza...
Amor que não se pede, que não se dá, que já está!
Para nunca ter de procurar, para nunca correr o risco de encontrar, simplesmente porque já está!!!

E o que quer que ainda possa surgir... besteira!
Volta pra casa, não se vá!
Fique, permaneça, exista, permita-se, entregue-se!
Simplesmente Amor...
Você consegue?!

Silêncio


Ultimamente não ouve nada
A pessoa que passa debaixo da minha janela
Só o silêncio.

Fechado em meu peito
Eu o Guardo como luto
Amarrado com tristeza,
Barbante e saudade.

Aqui dentro, ele dorme como um vigia.
Meu grande medo é seu sobressalto
Ai de mim, se me toma de assalto!

Quem por aqui passa não nota
O meu lento e cuidadoso movimento
Só mesmo o barulho do vento.

Não quero lembrar que eu existo.
Ultimamente só quero silêncio.
Silêncio .