segunda-feira, 23 de junho de 2008

Limpar com ácido minha feridas


Eu tenho a natureza passiva com a loucura alheia
E penso nas dores e carências
De tantos encontros pela Vida...
Mar por favor,
Não agora...

Hoje, me calam minha própria angústia,
Minhas mágoas, desejos e dores profundas.
Hoje, não quero saber das loucuras,
Fragilidades, tristezas de mais ninguém.
Hoje só quero saber de doçura,
De carinho, beijo aconchego.
Só quero saber de quem me queira bem.

Não, agora não.
Não quero ouvir lamentações,
Mágoas de amores mal resolvidos,
Ou viagens insanas.
Não quero saber do estresse.
Não quero saber das agonias.

Nem dos êxitos,
Alegrias, sucessos, das lutas em glória.
Quero que cada um se realize onde está seu coração,
Que se alegre perante a realização dos sonhos,
Mas, por favor.
Não agora...

Não diria que é inveja, amargura, dor nem ciúme.
Só preciso de um espaço de tempo.
Para limpar com ácido minhas feridas.
E, de novo sair, me mostrar para Vida.
No próximo pôr-do-sol eu volto.
Por favor,
Agora não.