sexta-feira, 4 de abril de 2008

Medo é o que sinto


Não sou ligado a pefis , não suporto relações pautadas em "rostos", penso que isso é dispensável em face ao coração que se posta aqui , um pedaço , todos os dias daqui até a eternidade .

Diante dos meu 45 anos , passo por uma grande dúvida , coisa que para mim é inédito , visto que nesse tempo todo pensei que já havia passado por tudo .

Como sempre digo, sou um péssimo "Amigo", não consigo ser o que não sou na essencia , faço força , colaboro com aquela parte do coração que diz , ajude , seja complacente , entenda seja Amigo ...

Está impossivel manobrar essa situação que passo , não consigo nem com a maior força que possa tirar de dentro de mim , pensei que a Vida fosse me ajudar , fosse me deixar mais fácil , mais amoldado , gostando mais de cantos cômodos , de conversar livres , de solidariedade , de menos emoção , da busca minimizada dos extremos .

Mas não é o que acontece , cada dia que passa sinto mais vibração , mais energia , mais intensidade nesse extremos , estar ao lado já não é mais a calmaria externa , é um vulcão a expelir lavas a qualquer momento, é a parte mais funda da Alma finalmente a se expôr .

Medo é o que sinto .
Nada mais a dizer , nada mais a fazer .

Me , Myself and I


Hoje pensei comigo, acho que o certo seria existir dois eus .
Um para quando crescia por cima das pessoas à volta e as via sem defesas, com clareza.
Outro na hipótese de me sentir pequeno e quase insignificante,
E tinha que pedir por favor por Amor e Carinho,
Esfomeado por atenção.

Uma vez mencionei que tinha alturas, em que quase conseguia ver as relações entre as pessoas, como se fossem fios coloridos que as prendessem umas às outras.
Ver as redes, o funcionar da sociedade, como se fosse transparente. Perceber aquilo que faz mover as pessoas, que dita as suas ações.

Era estranho pensar assim, estranho sentir-me tão à parte para observar inobservado.
Outras vezes sentia o que as pessoas à volta minha sentiam.
Imbuía-me delas, vivia com elas, ria como elas.

Um pouco cansado andava à deriva, sem saber muito bem o que fazer comigo mesmo , sem saber quem era, oscilando entre querer ser igual a todos e elevar-me na minha diferença.
E assim vivo a Vida, ora absorvendo-a, ora fugindo dela, numa relação de Amor-ódio como só ela sabe ter.


"O Vida bandida , te quero tanto de altos e baixos , sazonais , do céu ao inferno , dos extremos , das horas aos séculos , da eternidade que nos espera. "

Utopia


Porque tudo tem que ter por perto, parte de mim parte contigo.
Dos banhos de espuma à luz das velas,
O poker e o vinho tinto, os jantares e os disparates,
As surpresas e a paixão em lugares proibidos.
É que tanto de mim és tu. é tu. és?
Claro, pelo que já passámos, pelo tempo separados que tanto nos juntou. Dói esta "agridoçura".
Mas não faz mal.
O que arde cura, a cura não é o suficiente .
Ausencia de ti .
Espero o melhor para mim.
Para nós ? Utopia .