quarta-feira, 2 de abril de 2008

Silêncio


Ultimamente não ouve nada
A pessoa que passa debaixo da minha janela
Só o silêncio.

Fechado em meu peito
Eu o Guardo como luto
Amarrado com tristeza,
Barbante e saudade.

Aqui dentro, ele dorme como um vigia.
Meu grande medo é seu sobressalto
Ai de mim, se me toma de assalto!

Quem por aqui passa não nota
O meu lento e cuidadoso movimento
Só mesmo o barulho do vento.

Não quero lembrar que eu existo.
Ultimamente só quero silêncio.
Silêncio .

2 comentários:

Artsy-Fartsy disse...

Nossa... forte, profundo, robusto. Silenciosamente ululante.

Anônimo disse...

Não te gosto assim , prefiro te ver mais livre , menos preso , mais falante , menos previsível e mais sonhador .
Não peça silêncio , quando escreve algo que mais dá vontade de gritar está bem ?
Beijos